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Falsas médicas no activo...inacreditável.

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Mensagem por flaviorochafaria Seg 17 Nov 2008 - 12:50

17 Novembro 2008 - 00h30
Oncologia: Dois casos recentes detectados no Hospital de São João


Falsas médicas enganam doentes

Falsas médicas estão a fazer chamadas telefónicas para doentes a dizer que têm um caso de cancro gravíssimo e que têm de se dirigir imediatamente ao Hospital de São João (HSJ), no Porto. As situações estão a repetir--se e a preocupar a unidade de Saúde, até porque num dos casos a alegada médica apresentou-se como directora do serviço de Oncologia.

Não se conhece o intuito com o qual as vítimas são enganadas, mas de um grande susto não se livram. Recentemente foram contabilizados dois casos, não se sabendo se elaborados pela mesma pessoa.
Na primeira situação, uma mulher que fez há pouco tempo um exame de rastreio ao peito recebeu um telefonema de uma suposta médica, que se intitulava como Fátima Mendonça, directora do serviço de Oncologia do São João, afirmando que Rita (nome fictício) tinha vários nódulos nos seios. Tinha de se dirigir ao hospital com a máxima brevidade para uma consulta.
A precisão com que mencionou pormenores do exame deu à doente a segurança de que falava mesmo com uma médica. Mas não era verdade. "A doente fez um exame e foi-lhe detectado um problema mas sem qualquer gravidade. É uma situação absurda", disse Margarida Damasceno, ela sim directora do serviço de Oncologia do HSJ, garantindo nunca ter feito tal telefonema.
Durante a chamada, Rita ainda foi convencida a tirar fotografias ao peito para enviar por MMS. Só não o fez porque o número da alegada médica ficou incontactável. A situação foi entregue à PJ.
MÃE E FILHA EM PÂNICO
Para a segunda vítima, o esquema elaborado foi o mesmo. A chamada telefónica anunciava uma médica, Joana Silva. A mulher, de 40 anos, estava a ser acompanhada no serviço de ginecologia do Hospital de Penafiel. Recentemente fez um papa nicolau e poucos dias depois a notícia chegava como uma bomba: cancro no colo do útero. Durante três horas a alegada clínica fez um exame via telefone à vítima e à filha, de 15 anos, com o argumento de que a doença era hereditária. A alegada médica fez com que as duas mulheres fizessem penosas apalpações a várias partes do corpo, em busca de nódulos. Tinha de ir ao Hospital de São João para uma consulta de especialidade. Aí chegada, acompanhada pelo marido, indignado com a forma como a notícia fora dada, reclamou. Analisado o processo, detectou-se que tinham sido enganadas.
OPERADORAS NÃO SABEM DE QUEM SÃO OS NÚMEROS
No primeiro caso, a falsa directora do Serviço de Oncologia do HSJ teve a colaboração de uma alegada assistente, com quem a doente chegou a falar. Durante a demorada conversa telefónica as impostoras, alegando que estavam a fazer um estudo, convenceram a doente de que seria necessário tirar várias fotografias aos seios com o telemóvel para depois serem enviadas por MMS. Tal só não aconteceu porque o número de contacto deixou de estar activo e desde aí que foi impossível voltar a falar com as duas mulheres. Aliás, já foram feitos contactos com a operadora de telemóvel no sentido de tentar chegar às identidades das falsas médicas, mas não havia qualquer registo de contrato com o número utilizado para fazer as chamadas. O caso foi reportado às autoridades policiais.
PORMENORES
TELEFONE
Margarida Damasceno, directora do serviço de Oncologia do HSJ, afirmou que mesmo em casos verdadeiros estas informações não são dadas por telefone. "As pessoas têm de saber o que se está a passar e ter consciência de que isto são mentiras", afirmou ao ‘CM’.
DENTRO DO SISTEMA
Restam poucas dúvidas de que quem engana estes doentes está dentro do sistema hospitalar e tem acesso a informação privilegiada. Para ter conhecimento do historial clínico e falar de pormenores tão pessoais só poderá ser alguém que tenha acesso aos ficheiros dos doentes.
OUTRO CASO
Há cerca de um ano, também no Hospital de São João, houve um caso em que uma alegada médica ligou a uma paciente para lhe alertar para o resultado positivo do rastreio ao cancro da mama. Como nos restantes casos, tudo não passava de uma brincadeira de mau gosto, já que o telefonema tinha sido feito por um falsário.

flaviorochafaria

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