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Momento de Reflexão

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Mensagem por cristinasilva Qua 24 Dez 2008 - 4:22

Certamente grande parte dos leitores deste espaço já se encontram familiarizados com a Triagem de Manchester e o Alert, “bichos” que, gradualmente, têm vindo a integrar o universo de todos os hospitais e centros de saúde nacionais. Pergunto, portanto, o que pensariam se estivessem a fazer triagem no vosso hospital e recebessem, das mãos de uma doente, uma carta de uma senhora doutora do Centro de Saúde mais próximo com os dizeres «Emergente. Pulseira vermelha». Mais ainda: o que pensariam se recebessem um telefonema da mesma senhora doutora dizendo que tinha acabado de nos enviar uma doente que já não precisava de ser triada, porque ela já a tinha triado?

Pessoalmente, devo confessar que me passaram várias coisas pelo pensamento. Passo a enumerar:
* Se a doente estava a precisar de cuidados emergentes, não seria esta senhora doutora capaz de lhos prestar no Centro de Saúde onde trabalha?
* Se a doente estava a precisar de cuidados emergentes, porque motivo foi enviada para o hospital em viatura própria e não de ambulância, onde lhe seria administrado oxigénio e estaria sob vigilância durante a deslocação?
* Ainda que a doente estivesse a precisar de cuidados emergentes, não saberá esta senhora doutora que qualquer doente que entra no hospital deve ser triado, mesmo que venha de outra instituição de saúde, já pode ter alterações no seu estado no período que medeia a saída de uma unidade hospitalar e a entrada noutra?
* Ainda que a doente estivesse a precisar de cuidados emergentes, por que motivo esta senhora doutora se achou com direito de interferir no trabalho de profissionais de outra instituição?
* Afinal, quer a doente estivesse a precisar de cuidados emergentes ou não, que conhecimentos terá esta senhora doutora sobre a triagem?

E acrescento: a doente foi triada como laranja — muito urgente, tempo de espera não superior a 00h10. E demorou precisamente 02h07 a ser atendida por um médico.

Perante isto… Resta-me desejar um ano 2009 com Saúde para todos os portugueses.

cristinasilva

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Momento de Reflexão Empty Tribunal condena médica obstetra

Mensagem por flaviorochafaria Qui 25 Dez 2008 - 11:07

24 Dezembro 2008 - 00h30
Justiça - pais vão continuar a recorrer para implicar outro clínico


Tribunal condena médica obstetra

O Tribunal da Relação de Lisboa deu razão a Lino e a Ana Gonçalves, pais do bebé que nasceu morto no hospital Amadora-Sintra em Março de 2002, e condenou a médica Ana Cristina Costa pelo crime de ofensa à integridade física por negligência.

A especialista incorre numa pena até dois anos de prisão ou multa até 240 dias.
Na primeira instância, Ana Cristina Costa foi co-arguida com o obstetra Francisco Madeira, acusado de homicídio por negligência, tendo sido ambos absolvidos. A Relação não culpou o médico porque não foi possível estabelecer "nexo de causalidade entre a conduta do médico e a morte do bebé".
"Vamos recorrer ao Supremo porque o obstetra também tem culpa. Esperamos que a Ordem dos Médicos faça alguma coisa e que os médicos deixem de se proteger uns aos outros", diz ao CM Lino Gonçalves.
O caso remonta a 2 de Março de 2002 quando Ana Gonçalves, grávida de alto risco entra no Amadora-Sintra pelas três da madrugada. O parto acontece 12 horas depois e o bebé nasce morto e com o crânio esmagado.
Fonte:
Sofia Rato
Correio da manhã

flaviorochafaria

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